You are Kenough
A Revolta dos Feministos, filme de Margot Robbie & Greta Gerwig, é um verdadeiro cavalo de Tróia, ou, por que não dizer, cintaralho de Tróia. O homem feminista vai no cinema achando que vai levar fio terra da boneca, mas acaba sentando em algo bem maior, no mínimo maior que o dele. O que fincou lá atrás não tem volta, então agora quero ver você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faz. Quero ver o amor vencer, mas se a dor nascer, você resistir e sorrir.
Foi tudo uma sátira gente, no caso, uma sátira para zoar com os homens desconstruídos e mostrar o quanto eles são otários. Ora, mas Ken são esses indivíduos? Os Kens. Ken mais seriam? A história deixa um sem número de evidências de que os Kens são feministos. A primeira e mais óbvia delas é que os Kens são idiotas inúteis, que é precisamente a opinião que feministas têm sobre o homem feminista.
Feministo é o tipo do homem que acha que homens não conseguem entender o que é feminismo porque são homens, mas se presta a explicar feminismo para eles. Também acreditam que mulheres não precisam de homem pra nada, mas pensam que feministas precisam deles para alguma coisa. Se isso não é um idiota inútil, na melhor das hipóteses é um idiota útil.
Ken era o líder dos feministos? Ora Ken, o Ken. O mais idiota entre os idiotas tinha que ser o líder por uma questão de mérito. Ao sair da Barbielândia e ir para o mundo real, Ken ficou surpreso porque homens no patriarcado não são invisíveis. Isso é bastante idiota, porque no mundo real, homens são o gênero invisível, coisa que podemos enxergar até no Tik Tok¹. Mas porque ninguém viu esses homens invisíveis antes? Ora, porque eles são invisíveis, seu jênio da lâmpida eluminada.
Em seguida, Ken pede um emprego com alta remuneração em uma empresa e se surpreende que é preciso mais do que um par de bolas para preencher a vaga. É preciso ser um idiota inútil, ou seja, um feministo para pensar que ser homem, e não qualificação, é critério de seleção para qualquer coisa. Isso só acontece no patriarcado para mulheres, que têm acesso a cotas de gênero em várias posições de elite, condições facilitadas para ingresso em outras posições de interesse das mulheres, e diversas outras vantagens e benefícios patriarcais opressores que só Xerecard dá pra você.
Ken retorna à Barbielândia com um entendimento padrão idiota inútil do que é o patriarcado, que pensa se tratar de um sistema em que homens mandam em mulheres e se divertem com cavalos. Esse é o mesmo nível de entendimento sobre a realidade de gênero que o homem feminista médio possui, portanto é mais evidência de que Ken é o master feministo da Barbielândia.
A tentativa de Ken de implementar o Kentriarcado falhou. Como todo homem feminista, os Kens até tentaram ser homens, mostrar que também pertencem à espécie humana, que são seres relevantes que merecem um tiquinho de atenção, talvez algumas migalhas de buceta, mas não conseguiram porque são imbecis inúteis. Feministos não têm muita experiência em não ser capacho, e seu estado natural é pensar e fazer só o que feministas autorizam, então não foi surpresa que sua tentativa de ser mais do que um totó adestrado lambedor de botinha tenha falhado.
Esse é o ponto mais emocionante do filme para feministos, momento em que Ken passa por uma sessão de desconstrução de sua masculinidade, que consiste em convencer o indivíduo de que ele é um idiota inútil por ter nascido homem, um troglodita obsoleto, atrasado, incapaz de evoluir. O processo tem que ser conduzido e supervisionado por um ser de luz, uma entidade evoluída de extrema beleza, virtude e sabedoria escolhida por Frida para curar a Terra e salvar os homens da sua masculinidade tóxica: a mulher.
Aqui temos a parte mais genial do cintaralho de Tróia, já que agora feministos estão reproduzindo o slogan "eu sou Kensuficiente" (I am Kenough) por aí. Ken inicia o filme como um idiota inútil e termina como um idiota inútil, e o que a produção fez, portanto, foi convencer feministos a dizer que são suficientemente idiotas e inúteis, tão inúteis que nem sendo o Ken não conseguem namorar a Barbie. Margot Robbie & Greta Gerwig estão de parabéns. Nem eu seria capaz de imaginar um plano tão brilhante para convencer o homem feminista a confessar - e gostar de ter confessado - que é um idiota inútil.
Pessoas normais talvez fiquem chateadas com o fato de que a Revolta dos Feministos tenha sido produzida para fazer feministos de otário, mas o fato é que esses totós também são capachos, então ser pisado é a coisa que eles mais adoram. E depois, o feministo sempre pode se consolar com a ideia inútil e idiota de que, no passado, mulheres nos filmes também eram todas retratadas como idiotas inúteis como ele.
Afinal, se algo errado acontece com homens no presente, isso está justificado se feministas inventarem a lorota de que o mesmo acontecia com mulheres no passado. Esse padrão ético do molho por molho, leite por leite, é típico de idiotas inúteis, ou seja, de homens feministas.
Lembrem-se sempre, agora e forévis, amiguinhes feministos: You are Kenough!