Wakanda Forevis!

 


No Brasil é popular a prática do cacildis swapping, que consiste em usar o photoshópis para trocar o rosto de alguém famoso por outro muito mais famoso: o do Mussum. O humorista é trapalhão forevis, mas não devemos confundir o forevis do Mussum com isso que você está pensando. Seja lá o que você pensou, forevis é uma outra coisa que você não tinha pensado. Da mesma maneira, não devemos confundir race swapping - a prática de substituir a raça dos personagens nos filmes - com cultura woke.

Em 1999, Will Smith interpretou James West no cinema. Um negro fazendo o papel de um caucasiano não poderia ser cultura woke naquele momento da história, pois achar tal coisa no milênio passado seria o equivalente a encontrar um iPhone na Idade Média. Por falar em Idade Média, na década de 1970, o americano David Carradine atuou na série Kung Fu fazendo o papel de um monge shaolin que imigrou da China para o Velho Oeste. Originalmente o papel seria dado a Bruce Lee, mas os produtores optaram por um chinês Xing Ling. Clássico caso de race swapping reverso.

A verdade é que, seja no modo anverso, inverso ou reverso, race swapping é extremamente comum. A prática deixou de existir recentemente para dar lugar ao woke swapping, técnica utilizada por Hollywood para fabricar tensão racial, marketing viral grátis com discussões inúteis nas redes sociais, solidificação de sua agenda política e desculpas esfarrapadas para blindar filmes incompetentes de críticas. 

Wokes dirão que race swapping sempre existiu, portanto se você se incomoda com isso, é racista. Fás centido, pois os primeiros a surtar histericamente com race swapping são os defensores da cultura woke. É o que pudemos observar com o filme Ghost in the Shell¹, onde Scarlett Diva Absoluta Johansson tentou dar uma de japa Xing Ling e foi acusada de fazer whitewashing com um personagem asiático. Evidente que, quando um ator BiPoc é escalado para atuar no papel de um personagem branco, aí não é BiPocwashing.  

Outra lorota que wokes vão contar é que seu objetivo é promover diversidade racial no cinema. Afro-elfos, afro-anões, afro-nórdicos, afro-sereias e outros personagens existem, em princípio, para garantir representatividade. Essa lorota é fake news. Tais coisas são artefatos do passado. O que temos no cinema hoje é a prática do whitebashing: quanto menos brancos, melhor.

Wakanda é uma cidade fictícia dos quadrinhos da Marvel que conta a história de uma civilização também fictícia, mas diga-me, amiguinho diversotário, onde está a diversidade em Black Panther? Afro-elfo e afro-tampinha eu já vi vários, mas alguém já viu wakandês asiático? Onde estão os wakandeses comanche, os judeus, os latinos? Melhor, onde estão os wakandeses lantinxs? Wakanda está anos-luz de ser uma cidade diversotária, então algo muito errado não está certo em Hollywood.

O ator Chadwick Boseman, insubstituível rei T'Challa de Wakanda, infelizmente não está mais entre nós. Às vezes penso que ele se foi na hora certa. Se estivesse vivo hoje, teria sido obrigado a pedir desculpas por ser homem e entregar o manto do Black Panther à irmã Suri. Não basta ao woke eliminar o que é branco, é necessário também eliminar o que é homem. Que Ogum o tenha. 

T'Challa forevis! 

 

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