O Talibã

 

Tropas de radicais tomaram conta de Kabul para instaurar uma teocracia Islâmica¹ enquanto os EUA abandona sua embaixada no país e retira as tropas americanas² do Afeganistão, encerrando a mais longa e cara operação militar americana no exterior. Quando a ocupação iniciou há vinte anos em razão dos atentados de 11/set às Torres Gêmeas, terrorismo Islâmico e o medo da talibanização da Europa tornaram-se o assunto geopolítico do momento. 

Também virou assunto da hora o dilema entre privacidade e segurança, então fazendo um pouco de força, dá para ignorar que The Dark Knight (2008), que por estranha coincidência é o melhor filme do Batman no cinema, é marketing escancarado de gringo querendo vender o bacalhau de que é moralmente justificável invadir ilegalmente a privacidade do cidadão para protegê-lo contra ameaças terroristas. No final do filme, Lucius Fox (Morgan Freeman) destrói o sistema que invade todos os celulares de Gotham para criar uma rede Big Brother de bisbilhotagem que o morcegão usa para derrotar o Coringa. Esses americanos adoram fazer pose de heróicos e virtuosos. Virtue signaling é o nome, a tendência para a próxima década.

Claro que esse negócio de batmacho salvando o Ocidente não foi muito bem recebido entre feministas, já que a agenda delas é a mesma dos Islâmicos: destruir o Patriarcado Ocidental. Elas começaram então a acelerar talibanização do feminismo no primeiro mundo, que já estava em curso há bem mais tempo. Islâmicos querendo destruir o Ocidente até dá para entender. Quando Tomahawks cirúrgicos caem no seu quintal fazendo várias vítimas civis em nome da defesa da indústria do petróleo, digo, da liberdade e da democracia, é até normal o sujeito ficar um pouco irritado. Resta saber o que irritou tanto feministas, que nunca viram um Tomahawk na vida, que tenha causado sua radicalização. 

O crime imperialista do patriarcado Ocidental parece ser o de ter construído um paraíso para meninas. Mulheres no primeiro mundo são hoje a classe mais privilegiada que já existiu na história da humanidade, então parece ser essa a causa da revolta do talibã feminista ocidental. Isso parece confirmar o velho deitado que diz que se você quiser que uma mulher o odeie, basta dar ela tudo o que ela pedir. Essa é a hora em que meninas radicalizam e começam a talibanizar, falar coisas desconexas e sem sentido que pessoas radicalizadas falam, como por exemplo: mulheres ganham menos para fazer a mesma coisa que homens; o Estado é estuprador; elogio é opressão de gênero; machismo estrutural; masculinidade é uma ideologia, mas também uma doença; objetificação sexual é machismo (critério válido somente para bonitas); não me importo com opinião de macho, mas entro em depressão por causa dos padrões patriarcais de beleza; rosa para meninas é machismo, querer pepeca rosa é machismo, mas vamos protestar na rua contra o machismo fantasiadas de pepecão rosa; temos que defender falsas acusadoras; está faltando bons partidos para casar; os homens estão todos frouxos, sem pegada e não abordam mais as mulheres, etc. 

A lista é gigantesca demais para enumerar tudo aqui, mas enfim, esse é o tipo de coisa que gente radicalizada, lunática e ideologicamente talibanizada que já perdeu a sanidade há muito tempo normalmente fala quando está em Jihad santa abençoada por Frida para exterminar homens feios e pobres. Os bonitos e ricos elas querem preservar pois eles são úteis na hora de fornecer sexo e boletos pagos para as meninas. A tática é a mesma do  Boko Haram: descarta os bagulhos e fica com as novinhas. Fazendo um pouco de força, até dá para entender. Se o Ocidente tivesse criado um paraíso para homens dando a eles absolutamente tudo o que eles sempre pediram, acho que até é normal eles ficarem um pouco irritados. Imagine cada homem no Ocidente sendo um bilionário com jatinho e iate. Nenhuma mulher iria querer ser feminista em uma realidade dessas, portanto eu acho que me suicidaria por falta do que escrever. Se a crise com a falta de assunto não acabasse comigo, eu com certeza iria partir para o sepuku assim que quisesse convidar várias gostosas para o meu meu iate e descobrisse que isso não vai funcionar, porque no paraíso masculino todo homem tem iate.

Seja como for, a burcanização do homem Ocidental continua, e Johnny Depp segue em seu drama talibanesco. Crime: ser vítima de abuso. Por ser homem, sua palavra vale menos que a de uma mulher. Também não havia duas mulheres na cena para testemunhar que ele não pediu para ter seu dedo esmagado por uma garrafa. É de se perguntar onde está o Batman quando precisamos dele. Maldita hora em que Lucius Fox destruiu a aparelhagem hacker para para espionar terroristas. Se é por uma boa causa, sou a favor. Depois que o talibã feminista for debelado, a gente insere a senha no bagulho, destrói tudo, sai de cena posando de mocinho virtuoso enquanto tudo explode, e vamos todos para casa esperar pela Mulher-Gato no próximo episódio da trilogia:  Os Morcegos Também Amam. Só love...


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