Gen X, Y Z

 

A geração digital é a primeira¹ com QI menor que a dos seus pais. Na realidade é pior que isso, já que não só o QI está caindo, como o índice de nutellização cerebral aumenta progressivamente, então cada geração está mais surtada e histérica que a anterior. Para o homem feminista isso é um problema grave, já que ele já é retardado por natureza em razão da sua intoxicação ideológica, então imagine gerações sucessivas de feministos mais retardados e histéricos que os seus pais. Tenebroso. Estou cada vez mais convencido de que o filme Idiocracy² é profético, então se você quiser saber como vai ser o presente, digo, o futuro, assista agora enquanto ainda não tiraram do ar, pois no futuro será politicamente incorreto dizer que jumentos são asnos e inteligência entrará para o rol de palavras que dão gatilho.

Acompanho esse processo de deterioração cerebral desde que a Internet começou. No início havia somente os Gen X com quem interagir online, pois os mais velhos não sabiam acessar a rede ainda. Um debate normal médio nos tempos da Internet à lenha discada era assim: 

- Penso isso.
- Foda-se que você pensa isso.
- Foda-se que você mandou eu me foder.
- Então foda-se.

Essa era a geração foda-se. Tudo muito prático, direto, sem zuck e foda-se. Foi a época de ouro dos pombos enxadristas, indivíduos cultos e sofisticados que sabiam aplicar todas as falácias catalogadas e por catalogar: ad hominem, apelo à ignorância, non sequitur, falsas dicotomias, red herring, tu quoque, apelo à emoção, às consequências, à autoridade, incredulidade pessoal, alegação especial, ad populum, inversão do ônus da prova, generalização precipitada, anedotismos, cherry-picking de dados, circularidades diversas, etc. Um verdadeiro espetáculo de verbosidade falastrônica inútil. 

Os pombos também sabiam montar espantalhos com categoria. Você escreve alguma coisa e o espantalhador volta com fotos de satélite, links, citações de livros, vários argumentos matadores mais certificado homologado pela NASA e MIT para provar que aquilo que você NÃO disse era falso. Caga no tabuleiro, derruba as peças e sai prrru prrru cantando vitória. O nível de erudição era impressionante, coisa pra emoldurar e guardar para a posteridade. Enfim, essa era a época em que eu era feliz e não sabia. Em seguida apareceram os Gen Y, a geração mimimi. O debate médio online com os Gen Ypsilonzinhos é mais ou menos assim:

- Penso isso.
- Mas mimimi você não pode pensar isso.
- Mas eu penso isso por causa disso.
- Mas mimimi isso por causa disso mimimi aquilo, mimimi.

Caga menos no tabuleiro, não faz prru prru, mas é mimimi que não acaba mais. O número de falácias que o Gen Y conhece também é visivelmente menor. Só sabe usar ad hominem, apelo às emoções, às consequências, talvez um non sequiturzinho, e os espantalhos já não são tão sofisticados, já que não adianta distorcer o que eu falo se você vai ficar de mimimi e não mostrar por que o que eu não falei é falso. Apesar dos pesares a geração mimimi ainda era debatível e rebatível, porque agora tenho que lidar com os Gen Z, a geração palavras machucam. O chororô médio com o Gen Z é assim:

- Penso isso.
- Ãein, meu cu tá dodói porque você pensa isso.
- Passa um anestésico no cuzinho então.
- Ãein, anestesia dói.

O Gen Z é um totó cagalhão que quer discordar de você, mas ele não sabe nem o que é que você escreveu que ele não concorda. Como o cu dele tá dodói porque não consegue achar nada para discordar, ele começa a latir ad hominems -  a única falácia que ele conhece - como um pinscher enfurecido com o cu na mão no colo da mamãe para tentar assustá-lo. Aí eu fico com pena do totó e tento ajudá-lo ao menos a descobrir o que é que eu falei que ele não concorda, mas em vão. 

Ele não sabe o que é que você falou que ele não concorda, então continua em pânico latindo ad hominems em loop sem sair do lugar, pois seu cerebrinho tem a esperança de que se ele xingar você o suficiente eu vou mudar de ideia sobre não sei o quê, pois eu nem consigo descobrir o que é que eu escrevi que ele não concorda. O cérebro do Gen Z já está totalmente inutilizado e nutellizado, então não quero nem ver o que vem a seguir. O meteoro agora é a nossa última esperança. Talvez as baratas tenham sucesso onde nós falhamos. Nunca vi barata de mimimi nem com cu dodói quando enfio Baygon nelas. Elas só cheiram aquele negócio e saem doidonas por aí a fazer baratices baratas enquanto estão no barato. É um bom começo.

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