A Tagarela sem Voz

 

Conforme Dunning & Kruger, quando você é jumento, não sabe que é jumento, então quem sofre são os outros. Com feministas a situação é parecida, só que que o sofrimento é bem maior. Amanda Audi se despediu do Intercept Brasil - que produziu o fake news da mamadeira de piroca culposa de Mari Ferrer - em matéria¹ onde relata uma situação pessoal delicada sobre a qual estava impedida judicialmente de falar.

O fato é que Amanda Audi foi sordidamente estuprada à força contra sua vontade no seu apê pelo violador de consentimento Alexandre Andrada, professor da UnB e colunista do Intercept. De acordo com a Folha², que noticiou o caso, a denúncia foi varrida para baixo do tapete pelo Ministério Público. Indignada com o ocorrido, Amanda tagarelou sua história com detalhes no periódico Plural³, onde descobrimos que ela teve sua voz silenciada. Aqui eu deveria me perguntar como sua voz foi silenciada se ela está colocando a boca no trombone no Plural com requintes sinfônicos, mas como o sofrimento é muito, a dor me impede de fazê-lo.

Felizmente não é preciso se perguntar nada, pois a própria Amanda explica na sua matéria do Intercept o que é, para uma feminista, ter sua voz silenciada. Após fazer sua denúncia, estava contando lorota alucinadamente no Twitter e o juiz mandou apagar tudo e calar a boca. Impedir que acusadoras pilantras falem asneira para catar likes no Twitter, em plena violação do sigilo processual ao qual seu caso está submetido, aparentemente é uma atitude patriarcal típica de um Estado estuprador.

A lorota pode ser decifrada da boca silenciada de Amanda por meio do que tagarelou no Plural, onde podemos constatar a revitimização sistêmica da qual são vítimas mulheres que tentam fazer showzinho no Twitter antes que a maionese desande, porque sabem que não vai sair coelho daquela cartola no tribunal de jeito nenhum. Em 29/09/2019, Amanda estava reunida com colegas no apartamento de Fábio Pupo, repórter da Folha, quando Alexandre Andrada chegou no apartamento visivelmente alterado. Como ele praguejava e tocava Amanda "sem consentimento", o anfitrião resolveu encerrar a reunião. 

Na saída, Alexandre disse que estava com sede, então Amanda aceitou levá-lo ao seu apartamento, que ficava nas proximidades, para "tomar água". É um mistério porque Alexandre não tomou água lá mesmo onde estava antes de sair, ou mesmo porque Amanda aceitou ir sozinha ao seu apartamento com um indivíduo totalmente doidão que já havia passado a mão nela "sem consentimento", mas ao chegar lá ele a jogou no sofá, onde teve chumbregâncias não consentidas com ela. Muito abalada, ela só foi registrar o BO em 6/10/2019, quando convenientemente já não era possível fazer exame de xereca de delito. 

Só essa história furada já é o suficiente para dar muita risada, mas após analisar os prints das mensagens dela com Alexandre no dia seguinte ao do ocorrido, que a própria Amanda entregou à polícia, o promotor Fábio Barros de Matos concluiu por carimbar um tá de mentirinha nessa lorota culposa. Após a voz silenciada ter sido ouvida em toda a galáxia, lacraias peludas de rede social já estão espalhando que Amanda Audi é a nova Mari Ferrer. Como isso concluímos que feministas, por mais que tentem, não conseguem errar todas. 



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