A Mulher Independente
"A promoção a um emprego de cargo alto na política aumenta a taxa de divórcio de mulheres, mas não de homens, e as mulheres que se tornam CEOs se divorciam mais rapidamente do que homens que se tornam CEOs[1]" - Johanna Rickne, professora da Universidade de Estocolmo
Feministas[2] dirão a você que a maior taxa de divórcio hoje se deve à independência e sucesso profissional das mulheres na sociedade. Uma das razões pelas quais não podemos colocar na balança esse dado das mulheres bem-sucedidas que ultrapassam o marido, ou mesmo mulheres CEOs na hora de entender o fato de que 70% dos que iniciam divórcio são mulheres[3] é que estamos falando de mulheres de elite no topo rarefeito da pirâmide social. Casos desse tipo não representam a norma, portanto estamos explicando a regra por meio das exceções. Isso é o que feministas fazem. Caso você se sinta perdido sobre algum assunto, basta observar o que feministas estão pensando sobre aquilo, pois ao fazer isso você já tem ao menos um modelo seguro do que está errado, então já descarta algumas hipóteses possíveis de imediato.
O fato é que esse papo de mulher independente é como anão em enterro. Sei que deve haver isso em algum lugar, mas nunca vi nem conheço alguém que tenha visto. O que mulheres chamam de independência financeira é uma expressão relativa regulada por sua hipergamia e está intimamente ligado ao casamento. Independência financeira para mulheres nada mais é do que poder manter o padrão de vida fornecido pelo marido após o divórcio. Dado que temos hipergamia no sistema, mulheres, como norma, casam com indivíduos com padrão financeiro acima do seu. Ainda que não fossem hipergâmicas, escolher parceiro que ganhe salário acima do seu é a decisão lógica a tomar caso exista o interesse em filhos e preferência por foco na vida familiar em detrimento da profissional, que é a preferência da maioria.
Em outras palavras, se hipergamia não fosse um instinto, mulheres teriam que inventá-lo. Por sorte a natureza é sábia e não deixa indivíduos à mercê de sua capacidade de raciocínio analítico. Todos os nossos instintos estão lá por uma razão bastante razoável: se você dependesse do Tico & Teco para livrá-lo de fazer bobagem, com certeza iria fazer bobagem. Como não depende, faz bobagem só às vezes, normalmente naquelas horas em que fazer bobagem não é uma atividade letal, que é o que basicamente explica porque você já não está morto.
Se você pensar na zécutiva, verá que quando ela ultrapassa o maridão ao se tornar CEO, o que ela tem agora não é a independência no sentido masculino, não hipergâmico da palavra, coisa que sempre teve. O que tem agora é um curto-circuito hipergâmico cerebral a ser resolvido. Quem deveria ser o garantidor do seu padrão pós divórcio é o maridão, mas ele não está mais em condições de fazer isso. Enfim, o marido agora é um homem com o qual dificilmente casaria caso estivesse solteira. Solução para a dissonância amorosa cognitiva? Puxar o plugue. Como disse, esses são casos de exceção, já que quando mulheres casam com homens mais bem-sucedidos que elas, o que é a norma, a tendência é que a equação entre os dois não mude, até porque a mulher já fez isso justamente pensando em priorizar a vida familiar.
A explicação para os 70% de divórcios iniciados por mulheres, portanto, tem que estar em outro lugar. Vejamos: divisão delícia do patrimônio do bofe, pensão mamãe delícia financiada pelo cartão delícia do bofe, guarda unilateral de filhos, pensão salão de beleza para mamãe solteira financiada pelo bofe, aparelho Estatal em peso ao lado da mulher no Direito de Família, poder quase supra-Estatal garantido pela impunidade e facilidade para fraudar o sistema, incentivos, verbas e mamatas diversas do governo para mamães solteiras, etc, etc, etc. Mas não, não pode ser nada disso a causa. Toda mulher se divorcia porque vira zécutiva de sucesso que deixou o maridão incompetente comendo poeira.
É, deve ser isso. Pelo menos, é o que as feministas me contaram.